Um homem de semblante tranqüilo, fala mansa e idéias ordenadas, como todo o
ocidental imagina que um indiano deva ser, Pawan Goenka, trabalhou 14 anos
para a General Motors nos Estados Unidos. Quando a indústria
automobilística indiana começou a se destacar entre os emergentes, o
engenheiro não resistiu e decidiu voltar ao país de origem. "Eu acho que
nós aprendemos com as empresas americanas tanto o que elas fizeram de bom,
quanto o que fizeram de ruim", diz Goenka, hoje presidente mundial da
Mahindra & Mahindra, a primeira marca de veículos indiana a estrear no
mercado de brasileiro.
Goenka diz que os indianos ainda não chegaram no nível de produtividade dos
americanos. Mas, amparados nos custos mais baixos, estão conseguindo
avançar. Segundo ele, na Índia, 6% do custo de produção de um veículo
representa os salários dos trabalhadores. Nos países desenvolvidos, chega a
15%.
O mercado indiano, que já está em torno de 1,8 milhão de veículos por ano,
tamanho próximo ao do brasileiro, deverá crescer ao ritmo de 10% ao ano nos
próximos 10 anos, segundo o presidente da Mahindra & Mahindra.
Além de contar com custo de mão-de-obra mais baixo, as empresas indianas
DCPneto